O Papa Francisco fez terapia? Sim e contou com a Psicanálise

Nem sempre associamos figuras públicas e religiosas à ideia de fazer terapia. Mas o Papa Francisco, conhecido por sua simplicidade e humanidade, já compartilhou abertamente que passou por um processo terapêutico e que isso o ajudou profundamente.

Um Papa em análise

Quando tinha 42 anos, Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, viveu um período desafiador. Foi nesse momento que ele decidiu iniciar um processo terapêutico com uma psicanalista freudiana em Buenos Aires. A terapia durou cerca de seis meses.

Segundo ele mesmo contou em entrevistas, sua analista era uma médica judia. Essa escolha, por si só, já revela muito sobre a abertura e sensibilidade de Francisco. Ele buscou ajuda fora do círculo religioso, rompendo com preconceitos que ainda hoje cercam o cuidado com a saúde mental — especialmente no contexto religioso.

A abordagem: a psicanálise freudiana

A psicanálise que o Papa conheceu é a vertente clássica, baseada na obra de Sigmund Freud. É uma abordagem que investiga o inconsciente, os conflitos emocionais e as experiências da infância. Através da escuta e da fala, o sujeito pode ir reconhecendo suas angústias, suas repetições e, com o tempo, encontrar novas formas de existir no mundo.

O próprio Francisco declarou que essa experiência o ajudou a refletir sobre si mesmo, suas emoções e as suas relações com os outros. Um gesto de coragem e humildade.

Falar com alguém é um ato de fé na vida

Num mundo que ainda carrega tanto estigma em torno da saúde mental, é potente saber que até o Papa procurou ajuda quando precisou. Ele nos mostra que não há espiritualidade verdadeira sem um olhar cuidadoso para o sofrimento humano, inclusive para o próprio.

Fazer terapia não é sinal de fraqueza. É um compromisso com a própria história, com o amadurecimento emocional e com a possibilidade de viver de forma mais inteira.

Se até o Papa precisou de alguém que o escutasse, por que nós não precisaríamos?

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